Verão no Oeste Paulista: temperaturas máximas aumentam 2 °C em cinco anos; confira cuidados com a saúde
21/12/2025
(Foto: Reprodução) Céu com sol e nuvens em Presidente Prudente (SP)
Beatriz Jarins/g1
O verão 2025/2026 inicia oficialmente às 12h03 deste domingo (21), no hemisfério sul. Segundo especialistas, o momento marca o solstício de verão, quando ocorre o dia mais longo e a noite mais curta do ano. A estação também registra aumento de doenças típicas dessa época.
Na região de Presidente Prudente (SP), as temperaturas máximas tiveram aumento de 2 °C nos últimos cinco anos, segundo dados da Estação Meteorológica da Unoeste e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
📲 Participe do canal do g1 Presidente Prudente e Região no WhatsApp
Ao g1, o doutor em físico - climatologista, Vagner Camarini, reforçou que a média histórica das temperaturas máximas no verão é de 32 °C. Em janeiro de 2024, a máxima absoluta chegou a 38,6 °C, quatro graus acima do habitual.
“O verão no Oeste Paulista é caracterizado como chuvoso e com temperaturas altas. Devido à alta pluviosidade e nebulosidade durante a estação, os recordes anuais de temperatura máximas absolutas não ocorrem no verão, no entanto, é a estação com o maior índice pluviométrico [precipitação de água] anual”, informou.
Veja os vídeos que estão em alta no g1
Altas temperaturas
Na região, a maior média das temperaturas máximas foi há 10 anos, com 34,6 °C, dois graus a mais do que a média histórica, conforme o especialista. Confira abaixo os dados dos últimos verões a partir da Estação Meteorológica da Unoeste e Inmet:
2020/2021: 32,3 °C
2021/2022: 33,2 °C
2022/2023: 30,9 °C
2023/2024: 34,3 °C
2024/2025: 34,1 °C
“Nos últimos 5 anos as médias das temperaturas máximas no verão oscilou entre 32,3 °C e 34,3 °C, sendo o verão 2023/2024 o mais quente”, reforçou o climatologista Vagner Camarini.
A previsão para o verão de 2025/2026, considerando as temperaturas máximas esperadas na região de Presidente Prudente, é de que a média fique 1 °C acima da média histórica , ou seja, em torno de 33 °C, segundo o especialista. “Por outro lado, deverá ficar 1 °C abaixo da maior média histórica para o verão [em 2015]”.
Com relação às chuvas, o acumulado na estação deve ficar entre 550 mm e 650 mm durante toda a estação do verão, que vai até às 14h45 de 20 de março de 2026. Os valores devem ser próximos à média histórica para a região de Presidente Prudente.
“Termos um verão típico para a região, isto é, um verão quente e chuvoso, que terá um impacto positivo nas atividades do campo, tanto para a agricultura como para a pecuária”, destacou Vagner.
Previsão de chuva e média do ar em todo o Brasil, entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026
Reprodução/INMET
Segundo acrescentou o Inmet, o verão é um período caracterizado pela elevação das temperaturas em todo o país, em função da posição relativa da Terra em relação ao Sol mais ao sul.
Isso torna os dias mais longos que as noites e provoca mudanças rápidas nas condições do tempo, favorecendo a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, ventos de moderados a fortes e descargas elétricas, indica o prognóstico do instituto.
Retrospectiva climatológica
Em uma retrospectiva climatológica, conforme o especialista, o ano de 2025 foi típico para a região: “Com verão chuvoso e inverno seco, apesar de termos um dos períodos mais secos dos últimos anos e com temperaturas amenas no inverno”.
Já o período de baixa estiagem no inverno trouxe prejuízos para culturas de inverno não irrigadas e retardou a implantação das culturas de verão.
Segundo o Centro de Monitoramento e Estudos Climáticos e de Previsão do Tempo da Unoeste, uma característica do verão é a ocorrência de chuvas intensas, geralmente concentradas em curtos períodos, o que pode resultar em elevados volumes acumulados em poucos dias.
Outro ponto considerado típico da época pelo centro de monitoramento são períodos de estiagem, com 7 a 10 dias sem chuvas durante o verão.
No entanto, diferentemente dos últimos anos, as estiagens que ocorrerem devem vir acompanhadas de temperaturas mais amenas, condição que reduz a perda de água do solo e, consequentemente, os impactos negativos sobre as culturas.
pôr do sol em Presidente Prudente (SP)
Beatriz Jarins/g1
Problemas relacionados à saúde
O Ministério da Saúde reforça algumas doenças mais comuns durante o verão, já que a época é tradicional para tirar férias, viagem e frequentar locais com praia e piscina no Brasil.
E, a falta de certos cuidados, como o uso inadequado do protetor solar, exposição excessiva ao sol, pouca hidratação e alimentação não saudável, podem proporcionar comprometimento grave da saúde.
A água acumulada em recipientes e o contato com água de enxurradas e enchentes, também são causas potenciais de doenças, conforme o Ministério da Saúde.
Especialistas alertam a importância de utilizar protetor solar
Reprodução/TV TEM
Confira abaixo as doenças mais comuns:
Desidratação: quando a quantidade de perda de líquidos é maior que a reposição no organismo;
Micose na pele: infecções provocadas pelo crescimento excessivo de fungos que podem afetar a pele, o couro cabeludo e unhas, por exemplo;
Insolação: exposição excessiva ao sol pode causar dor de cabeça, tontura, vômito ou náuseas, palidez, desmaio e queimaduras na pele;
Intoxicação alimentar: quando consomem alimentos impróprios ou que não sabem a procedência, cuidado e preparo dos ingredientes;
Conjuntivite: fácil transmissão que afeta a visão, com olhos vermelhos, muito inchados, ardência;
Arboviroses: aumento de casos de dengue, zika e chikungunya pela proliferação do mosquito transmissor durante o calor e acumulo de água.
Veja mais notícias no g1 Presidente Prudente e Região
VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM