Saiba quais são as regras para pilotar uma moto aquática; dupla usou veículo para roubar no mar

  • 27/12/2025
(Foto: Reprodução)
Casal é assaltado dentro do mar por criminosos em moto aquática no litoral de SP Dois criminosos usaram uma moto aquática para roubar um casal que passeava de caiaque no mar de São Vicente, no litoral de São Paulo. O caso repercutiu em todo o país e o g1 reuniu as regras para pilotar o veículo no território nacional. As imagens mostram o crime que aconteceu no domingo (21), a cerca de 100 metros da faixa de areia da Praia dos Milionários. A Polícia Civil procura Rael Fabiano Veiga Ungaretti, de 19 anos, considerado foragido da Justiça, enquanto trabalha para identificar o segundo autor do roubo. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. De acordo com a Marinha do Brasil, é obrigatório ser maior de 18 anos, saber ler e escrever e ter a Carteira de Habilitação de Amador (CHA) de Motonauta. O processo consiste na realização de treinamento em um estabelecimento credenciado, apresentação de documentos e prova escrita. Quando chegar o momento de pilotar, é obrigatório que o condutor e o passageiro utilizem coletes salva-vidas homologados pela autoridade marítima. Também é necessário estar com a chave de segurança no punho, no colete ou em qualquer outra parte do corpo de forma que ao sair da embarcação o veículo seja desligado ou tenha a aceleração reduzida automaticamente. Para resguardar a integridade física das pessoas que estão nas águas, a moto aquática só pode navegar a partir de 200 metros da linha de base, sendo a arrebentação das ondas nas praias e onde se inicia o espelho d'água junto às margens dos rios, lagos e lagoas. Assalto ocorreu dentro do mar em São Vicente (SP) Reprodução Regras A moto aquática geralmente possui propulsão a jato d'água e chega a desenvolver velocidades de até 30 a 40 nós. A manobrabilidade pode ser influenciada pela habilidade do condutor e pelas condições da água e do vento. Diante de tantas possibilidades, é necessário seguir uma série de regras que constam na Normam-212 (Normas da autoridade marítima para motos aquáticas e motonautas): ➡️A condução de moto aquática é permitida somente no período entre o nascer e o pôr do sol, e exclusivamente para o transporte de pessoas. ➡️É proibido o uso para reboque, seja de outra embarcação, de pessoas praticando esqui aquático ou similares. A única ressalva é para os equipamentos a partir de três lugares ou aqueles utilizados no serviço de salvamento da vida humana. ➡️É obrigatório o uso de placa ou adesivo junto à chave de ignição da moto aquática, alertando o usuário quanto a obrigatoriedade do condutor ser habilitado como Motonauta (MTA). ➡️É proibida a condução de passageiros, incluindo crianças, na frente do condutor habilitado. O objetivo é não prejudicar a visibilidade e a capacidade de manobra da embarcação. ➡️Não é permitido o transporte de crianças menores de sete anos na garupa. Aquelas com idade igual ou maior do que 7 e inferior a 12 anos poderão ser levadas acompanhadas ou autorizadas pelos pais ou responsáveis. Elas devem ter condições de se manter firmes, apoiando os pés no local apropriado e mantendo os braços em volta da cintura do piloto. ➡️O limite da capacidade de passageiros não deve ser excedido, e os proprietários ou condutores não devem sair da embarcação e deixar a chave de partida do motor. Aluguel de moto aquática A Marinha divulgou a intensificação da fiscalização de embarcações no litoral até março, por meio da Operação Navegue Seguro. Na ocasião, o capitão Marcus André de Souza e Silva destacou um dos principais problemas enfrentados: o aluguel de embarcações por pessoas sem a devida habilitação. Em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo, ele ressaltou que, assim como para veículos terrestres, é fundamental que os condutores de embarcações obtenham a habilitação correspondente ao tipo de veículo aquático que irão pilotar, sejam as motos aquáticas, lanchas ou outros tipos de embarcações. Força-tarefa tenta descobrir de onde saiu moto aquática usada por criminosos para roubar casal no mar de São Vicente, SP Reprodução e Reprodução/TV Tribuna Uma força-tarefa dos órgãos de segurança pública tenta descobrir de onde saiu a moto aquática usada pelos criminosos. Conforme apurado pela TV Tribuna, as marinas da cidade estavam fechadas e sem embarcações nas águas no dia do assalto. "A marina também é responsabilizada no caso de uma pessoa não habilitada fazer o uso de uma embarcação por meio [dela]", explicou o Tenente Coronel Renato dos Santos Abreu. Flagrante A gravação do crime feita por uma testemunha mostra diversas crianças brincando à beira do mar, enquanto o casal é abordado pelos criminosos um pouco adiante. Nas imagens, é possível ver que os criminosos ficaram alguns segundos em contato com o casal e pegaram os remos que eles estavam usando. Em seguida, um ladrão chegou a bater com o objeto na cabeça de uma das vítimas. O vídeo ainda mostra o momento em que a dupla se afasta do casal, levando os remos. Logo depois, os ladrões abandonam os objetos no mar e aceleram a moto aquática. Relato da vítima Ao g1, a mulher de 47 anos relatou que os criminosos se aproximaram com a moto aquática e deram uma derrapada para jogar água no caiaque. Em seguida, a dupla pediu desculpas e gritou para outra moto aquática a frase: "É casal". Logo depois, os suspeitos anunciaram o assalto, pedindo as alianças. "Começou a andar em círculo em volta da gente apavorando. Aí deu aquela desestabilizada", relembrou a mulher, dizendo que o marido, de 53 anos, tentou argumentar com os criminosos informando que eles eram moradores da cidade. Porém, a dupla começou a perder a paciência. "Eles aproveitaram que o nosso remo caiu no mar e começaram a bater no meu marido", afirmou. A mulher contou que ele ficou com ferimentos na perna e na cabeça. Ladrão bateu com o remo na cabeça de uma das vítimas durante assalto em São Vicente (SP) Reprodução "Começaram a bater nas costas, na nuca, na cabeça. Eu fiquei em pânico porque eu falei assim: 'Se ele desmaia aqui, morre afogado'". A vítima ainda disse que, depois das agressões, eles entregaram as alianças aos ladrões e rapidamente a dupla fugiu. Revolta Após o crime, o casal recebeu ajuda de testemunhas. De acordo com a mulher, o marido saiu do mar tonto por conta das agressões e ela foi até um policial que estava na base da Operação Verão para pedir apoio. Porém, o agente disse que não tinha o que fazer. "Foi uma sensação horrível, de impunidade", afirmou. A vítima disse que também foi na delegacia, onde recebeu ajuda para registrar um boletim de ocorrência online. No entanto, ela pede mais atitude dos órgãos de segurança e políticos da região. "Precisa ter policiamento no mar", enfatizou. Polícia Em nota, a Polícia Militar disse que, nos casos de infrações penais já consumadas e em que não se configure a situação de flagrante delito, a providência adequada consiste na formalização do respectivo registro de ocorrência junto ao Distrito Policial competente. "Tal medida tem por finalidade subsidiar o planejamento das ações preventivas da Polícia Militar, bem como apoiar as atividades de polícia judiciária e investigativas desenvolvidas pela Polícia Civil". Rael Fabiano Veiga Ungaretti, de 19 anos, foi identificado por meio do vídeo do assalto contra um casal que estava em um passeio de caiaque em São Vicente (SP) Polícia Civil/Divulgação e Reprodução Prefeitura Em nota, a Prefeitura de São Vicente informou que a ocorrência foi atendida pela PM. A prefeitura tem apoiado as investigações realizadas pela Polícia Civil, além de promover fiscalizações em marinas por meio de forças-tarefa e blitz surpresa com a PM, com o objetivo de inibir irregularidades, como o aluguel de motos náuticas sem registro, que podem ser utilizadas para fins ilícitos. A administração municipal informou que também estuda novas formas de regulamentar, com maior rigor, o trânsito de qualquer tipo de embarcação em sua orla. A prefeitura ainda disse que a Marinha do Brasil é a principal responsável pela segurança no mar e que já oficiou os órgãos competentes, solicitando fiscalizações e monitoramento com maior intensidade, especialmente durante a alta temporada. Marinha Em nota, a Capitania dos Portos de São Paulo informou que não foi notificada oficialmente sobre o fato relatado. Segundo o órgão, a Marinha do Brasil, por meio da Capitania, realiza ações de inspeção naval, especialmente em Santos, São Vicente e Guarujá, "com foco na segurança da navegação, na salvaguarda da vida humana no mar e na prevenção da poluição hídrica, atuando dentro de suas atribuições legais, conforme a Lei 9.537/97 - Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (Lesta)". De acordo com a Capitania, questões específicas relacionadas à segurança pública, como o caso em questão, são de competência dos órgãos de segurança pública, responsáveis pela apuração criminal e adoção das medidas cabíveis. VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos

FONTE: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2025/12/27/saiba-quais-sao-as-regras-para-pilotar-uma-moto-aquatica-dupla-usou-veiculo-para-roubar-no-mar.ghtml


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