Poder das palavras: vídeo mostra reação de pessoas nas ruas ao ouvir áudios ofensivos ou carinhosos

  • 31/12/2025
(Foto: Reprodução)
Vídeo mostra reação de pessoas nas ruas ao ouvir áudios ofensivos ou carinhosos Moradores de Campinas (SP) participaram de um teste que mostrou, na prática, como palavras negativas e positivas provocam reações imediatas no corpo e nas emoções. Na região central da cidade, pessoas aceitaram colocar fones de ouvido e ouvir dois tipos de áudios: um com frases ofensivas e outro com mensagens de incentivo e carinho — veja as reações no vídeo acima. 📺 O conteúdo faz parte do segundo episódio da série “O poder das palavras”, exibida pela EPTV, afiliada da TV Globo, que vai ao ar até sábado (3), na 1ª Edição do Jornal da EPTV. A produção especial mostra como as palavras influenciam emoções, comportamentos e relações no dia a dia. 😣Ao ouvir palavras negativas, as reações foram de desconforto e rejeição. “Eu me senti ofendida e rebaixada”, disse uma das entrevistadas. Outra reagiu negando o conteúdo do áudio: “Não sou nada disso”. Já uma terceira destacou o impacto emocional: “Coloca a pessoa num baixo astral, né? Não dá um alto astral, não dá uma vontade de conquistar as coisas, né? Só de derrota, né?”. 🥰Na sequência, o mesmo grupo ouviu mensagens positivas. As mudanças foram perceptíveis. “Nossa, forte, tudo de verdade. Essa sou." "Agora eu fiquei emocionada e aceito, recebo e agradeço”, afirmou uma das participantes após ouvir o áudio com elogios e palavras de incentivo. A neurociência explica que esse tipo de reação acontece por causa dos neurotransmissores presentes no cérebro. Experimento mostra como cérebro reage a palavras positivas e negativas Como o cérebro reage às palavras Pessoas reagem a áudios ofensivos e carinhosos nas ruas de Campinas Reprodução/EPTV De acordo com o médico neurologista Fabrício Borba, que atua em Campinas e tem residência pela Unicamp, os neurotransmissores são responsáveis pela comunicação entre os neurônios. “ [Os neurotransmissores] são substâncias que os neurônios utilizam para se comunicar entre eles. O neurônio joga para o outro, o outro pega e ele entende e aí gera uma descarga, um evento que vai levar uma emoção, uma memória, um movimento, alguma coisa do tipo”, explicou. O neurologista detalha que o processo começa no momento em que a pessoa escuta a palavra. De acordo com ele, a partir disso da escuta, ocorre uma ativação de diferentes regiões cerebrais por meio da comunicação entre neurônios, o que pode resultar em emoções, movimentos ou na formação de memórias. “Você falou alguma coisa, eu ouvi. Eu tenho um órgão que vai traduzir essa informação sonora para o nosso cérebro. E aí você gera uma descarga de vários neurônios que vão se comunicar através de neurotransmissores. E isso vai gerar, por exemplo, a via motora primária, desencadear o movimento, ou a gente vai gerar uma memória visual que envolve o córtex occipital, que é a parte mais de trás do nosso cérebro. Então, sem dúvida, realmente a palavra tem um poder bem grande”, afirmou. Palavras, trabalho e saúde mental Se em uma dinâmica imediata as palavras já provocam alterações emocionais e físicas, no ambiente de trabalho os efeitos podem ser ainda mais profundos. O uso das palavras no meio corporativo impacta diretamente a produtividade e a saúde mental. Não é por acaso que empresas têm investido na chamada Comunicação Não Violenta (CNV). A psicóloga Fátima Macedo, especializada no tema, explica que as palavras podem tanto prejudicar quanto impulsionar o desenvolvimento de uma pessoa. “A palavra tem um poder muito grande, tanto de destruir alguém, quanto de enaltecer, de fazer aquela pessoa crescer, se desenvolver. Aquilo que a gente recebe desde a nossa infância, aquilo que é falado para a gente desde a nossa infância, a gente vai registrando”, afirma a psicóloga. Ela também alerta para os efeitos do bullying e de palavras ofensivas na infância, que podem se refletir na vida adulta. “Todas as suas crenças você leva com você para o seu trabalho. E dependendo do que você encontra naquele ambiente corporativo, é onde você vai confirmar aquela sua visão de mundo”, afirmou. Segundo a psicóloga, ambientes corporativos focados apenas em cobranças e resultados podem reduzir a criatividade. “Qual que é a cultura da empresa, né? É um olhar para o colaborador? Não, é só números. Cobranças em palavras. Cobranças em palavras. Fechamos a meta e tal. Enfim, esse ambiente... ativa regiões do cérebro que fazem reduzir a produtividade. Exato, porque você deixa de ter uma ideia criativa para você solucionar aquele problema”, explicou. Burnout e afastamentos Os impactos também aparecem nos dados de saúde. Casos de burnout, transtorno mental relacionado ao estresse no trabalho, preocupam autoridades no Brasil. No primeiro semestre de 2025, 842 pessoas se afastaram do trabalho no estado de São Paulo por palavras ouvidas de chefes e colegas — ou até pela falta delas. Em Minas Gerais, foram 494 afastamentos. Para Fátima Macedo, a forma como líderes se comunicam tem um peso significativo. “Tem um dito popular, né, que ele fala o seguinte, para um bom entendedor, meia palavra basta. E isso é muito ruim. Tem estudos, inclusive, sobre isso. Que aquilo que uma liderança fala é mais importante até do que o que o terapeuta fala, do que o que o cônjuge fala”, afirmou. Ela conclui alertando que muitas pessoas deixam de contribuir no trabalho por medo. “As pessoas têm muito para contribuir no ambiente de trabalho e muitas vezes elas não falam por medo de como a sua palavra pode ser mal interpretada.” 📺A série "O poder das palavras" segue até 3 de janeiro de 2026, na 1ª Edição do Jornal da EPTV. 'O Poder das Palavras': entenda como cérebro consegue decifrar o "peso" do que escutamos VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/12/31/poder-das-palavras-video-mostra-reacao-de-pessoas-nas-ruas-ao-ouvir-audios-ofensivos-ou-carinhosos.ghtml


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