Oeste Paulista se consolida como potência em energia renovável e já soma 1,5 GW de geração limpa
01/12/2025
(Foto: Reprodução) Prudente é pioneira com rede urbana abastecida por biometano produzido a partir da cana
A região de Presidente Prudente (SP) vem se consolidando como um dos principais polos paulistas de geração de energia renovável. Juntas, as usinas locais somam cerca de 1,5 gigawatt (GW) de capacidade instalada oriunda de fontes limpas, um volume considerado expressivo e que reforça o papel estratégico do Oeste Paulista na transição energética estadual, segundo dados da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente (Semil) ao g1.
Do total, aproximadamente 30% (0,5 GW) da matriz renovável da região são provenientes de usinas solares de pequeno porte, classificadas como micro e minigeração distribuída (MMGD), ainda conforme o levantamento.
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De acordo com a Semil, esse modelo permite que consumidores gerem sua própria energia e compensem o consumo por meio de créditos, ampliando autonomia, reduzindo custos e aliviando a rede.
O município de Presidente Prudente lidera este segmento na região, acumulando 96 MW em potência instalada de energia solar fotovoltaica. No cenário nacional, o estado de São Paulo também está na dianteira, com 6,1 GW de geração solar distribuída — 14% de toda a capacidade brasileira.
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Usinas termoelétricas movidas a biomassa contribuem significativamente para o abastecimento
Rodrigo Paiva/Divulgação
Usinas impulsionam desempenho regional
Os outros 70% da matriz renovável regional (cerca de 1,0 GW) vêm de usinas centralizadas de maior porte e de diferentes fontes. Entre elas, ganha destaque a Usina Hidrelétrica Capivara, localizada em Taciba, com impressionantes 643 MW de potência instalada. A hidrelétrica aproveita o potencial do Rio Paranapanema e segue sendo a principal âncora da geração elétrica no território.
Além da hidreletricidade, a região conta com forte presença da bioenergia gerada a partir da cana-de-açúcar, setor tradicional no Oeste Paulista. Usinas termoelétricas movidas a biomassa contribuem significativamente para o abastecimento, com destaque para:
130 MW em Narandiba
100 MW em Junqueirópolis
Planta da Usina Cocal, em Narandiba (SP), produz até 25 mil metros cúbicos por dia de biometano
Usina Cocal/Cedida
Essas unidades reforçam o papel do agronegócio local na transição energética do estado.
Completando o conjunto de fontes limpas, a região ainda abriga uma usina solar fotovoltaica centralizada de 27 MW em Dracena, ampliando a diversidade da matriz elétrica.
Região estratégica para o futuro energético de SP
A forte concentração de fontes limpas — solar, hidrelétrica e biomassa — posiciona o Oeste Paulista como uma peça-chave para o avanço das metas estaduais de neutralidade de carbono, segundo afirma a pasta estadual ao g1.
A combinação de infraestrutura existente, potencial de expansão e vocação agrícola cria um ambiente favorável para novos investimentos em inovação e sustentabilidade.
Com isso, a região de Presidente Prudente não apenas acompanha o movimento global de descarbonização, mas se projeta como protagonista na construção de um modelo energético mais seguro, diversificado e resiliente.
Inclusive, Presidente Prudente se tornou a primeira cidade do Brasil a receber uma rede urbana de biometano, combustível 100% renovável obtido a partir de resíduos da cana-de-açúcar. O sistema marca um passo importante na transição energética e na redução das emissões de gases de efeito estufa. Veja no vídeo acima.
Biometano é considerada uma fonte de energia limpa; entenda
Beatriz Santos/TV TEM
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