Júri popular de motorista que matou idoso atropelado em protesto do MST é cancelado após defesa abandonar tribunal

  • 26/11/2025
(Foto: Reprodução)
Justiça ouve testemunhas do caso de motorista que matou idoso em ato do MST em Valinhos O Tribunal do Júri do motorista acusado de atropelar e matar um idoso de 72 anos durante um ato do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Valinhos (SP), foi cancelado na manhã desta quarta-feira (26) depois que os advogados de defesa abandonaram o tribunal. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), os representantes de Leo Luiz Ribeiro deixaram a sessão por discordar da decisão que indeferiu a exibição de fotografias e vídeos, porque o material havia sido juntado sem a antecedência prevista no artigo 479 do Código de Processo Penal. O TJSP informou que foi determinada a comunicação do fato à OAB e que um novo júri deve ser realizado no dia 25 de março de 2026. O g1 pediu um posicionamento ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) sobre o caso. Relembre o caso O júri seria realizado seis anos após o caso. Leo Luiz Ribeiro, que tinha 60 anos à época do caso, chegou a ser preso preventivamente, mas atualmente responde ao processo em liberdade. Ele avançou com a caminhonete sobre um grupo de moradores da ocupação “Marielle Vive”, levando à morte de Luis Ferreira da Costa. Outras cinco pessoas ficaram feridas, entre elas um jornalista que gravava o ato. Em nota enviada ao g1, a defesa de Ribeiro disse acreditar “na Justiça Brasileira, sobretudo no Tribunal do Júri. Por mais, está totalmente preparada para lutar incansavelmente pelos interesses do Sr. Léo”. Pedido de adiamento A Promotoria chegou a pedir o adiamento do julgamento por conta de uma moção de repúdio aprovada pela Câmara Municipal de Valinhos contra o MST que, segundo a acusação, poderia influenciar os jurados. O juiz considerou, no entanto, que a moção “não possui o alcance e a repercussão imaginados pelas partes”. Sendo assim, manteve o julgamento para a próxima quarta-feira (26), com início às 9h. Integrantes do MST protestam pela morte do idoso atropelado na ocupação Marielle Vive em Valinhos. Wesley Justino/EPTV Relembre o caso Ribeiro fugiu do local após o atropelamento, mas foi preso em Atibaia (SP) após ter o carro identificado pelo vídeo de um ônibus parado na manifestação e que flagrou o atropelamento. Em depoimento à Polícia Civil, que durou duas horas, Ribeiro alegou que acelerou a caminhonete por medo. LEIA TAMBÉM: Idoso morto em ato do MST trabalhava de pedreiro e era aluno de escola de alfabetização para adultos da ocupação Cinegrafista atropelado em ato do MST em Valinhos: 'Não foi um acidente. Ele quis fazer o que fez' O delegado Júlio César Brugnoli, titular do 1º DP de Valinhos, contou que o suspeito disse não ter percebido que havia matado alguém e que acelerou depois de o carro ser cercado pelos manifestantes. Ao todo, cerca de 400 pessoas participavam do ato, sendo que metade do grupo ocupava a estrada. O trânsito estava bloqueado quando a caminhonete avançou. Segundo o advogado do movimento, Alfredo Bonardo, o motorista estava em alta velocidade. A ocupação Marielle Vive se estabeleceu em uma área na Estrada do Jequitibá em 14 de abril de 2018. Segundo o MST, cerca de 1 mil famílias vivem no local. O idoso vítima do atropelamento era morador. Luís Ferreira tinha 72 anos e morreu após ser atropelado em ato do MST em Valinhos (SP) Arquivo pessoal VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/11/26/juri-popular-de-motorista-que-matou-idoso-atropelado-em-protesto-do-mst-e-cancelado-apos-defesa-abandonar-tribunal.ghtml


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